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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A escolha do Ruben: Torres Vedras

O Castelo

Fernão Lopes (cronista do século XIV) foi o primeiro escritor português a retratar Torres Vedras: na Crónica de D. João I dedica um pequeno trecho à descrição da vila medieval, em tons elogiosos -

«Este logar de Torres Vedras he hua fortelleza aseemtada em çima dhua fremosa mota, a quall natureza criou em tam hordenada igualldade, como sse a maão fosse feita artefiçialmente;(...) A villa tem sua çerca arredor do monte, e na mayor alteza delle esta o castello; (...) e toda sua poboraçom era em huu gramde arravallde de muitas e boas casas, em bem hordenadas ruas ao pee do monte.»
 

História

"Afonso Henriques em 1148 tomou aos mouros Torres Vedras.  Afonso III concedeu foral em 1250, confirmado e ampliado por D. Manuel I em 1510, reconhecendo-lhe o privilégio de vila que se manteve por 729 anos até chegar a cidade em 1979, sede de um concelho com 20 freguesias, 80.000 habitantes e 410 km2 de área total.

Vila doada a rainhas, sobretudo da dinastia de Avis, acabou por ter uma imperatriz nascida em Torres Vedras a 18 de Setembro de 1434, a infanta D. Leonor, filha de D. Duarte e D. Leonor, casada com Frederico III, imperador da Alemanha.
Dessas construções onde reis, rainhas e amantes se acolheram, mesmo os amplos edifícios onde D. João I decidiu reunir, em 1413, o seu Conselho a fim de legitimar a expedição a Ceuta, que assinala o princípio da expansão marítima de Portugal, ou onde o regente D. Pedro convocou Cortes, em 1411, para deliberar sobre o atribulado casamento de sua filha Isabel com o sobrinho Afonso V, nada resta.

Já no século XIX, a epopeia da resistência ao imperador francês - Napoleão Bonaparte -  é protagonizada pelo general inglês Arthur Wellesley, 1º Duque de Wellington e 1º Marquês de Torres Vedras, com a construção (1810-1812) das célebres Linhas de Torres que acabaram por se estender do Tejo ao mar. Sistema fortificado e complexo, composto por 152 fortes e 628 bocas de fogo, tinha o seu coração no Forte de São Vicente, em Torres Vedras.

Vê a apresentação do Filme Linhas de Welligton (Linhas de Torres) sobre a época das invasões francesas
 
 
Ainda no século XIX, deu-se  a sangrenta Batalha de Torres Vedras, em 1846. O rescaldo foi cerca de 500 feridos e 400 mortos, entre os quais o tenente-coronel Luís Mouzinho de Albuquerque, liberal desembarcado no Mindelo e sepultado aqui na Igreja de S. Pedro.

De guerras e batalhas a vila e o concelho ficaram fartos, optando pela paz e pelo progresso com o caminho-de-ferro em 1886, a luz eléctrica em 1912, a água canalizada em 1926. Cresceu a vila com novos bairros e ruas e tornou-se cidade em 1979. (…)"


Praia de Santa Cruz, a maior e mais concorrida prai do concelho


in Torres Vedras – roteiro turístico, António A. Sales. Texto com supressões.

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